Caixa de Guerra faz festa

À luz do multiculturalismo, a trajetória de um dos instrumentos mais utilizados nas manifestações populares no Brasil.

Autores

Palavras-chave:

Multiculturalismo

Resumo

O presente artigo nasceu a partir de um trabalho da disciplina Aproximação ao Ambiente Profissional 3 do curso de licenciatura em História da Faculdade Unyleya.  A diretriz era que os alunos fizessem a relação de manifestação cultural brasileira com alguma das matérias do 4º período do curso.  Ao deparar-me com a matéria História Medieval e observar uma imagem do pintor Rembrandt, reparei num detalhe no canto direito: um tocador de tambor.  Foi o estopim para iniciar a pesquisa do tal tambor e sua ramificação ou aperfeiçoamento até se transformar num instrumento específico como o conhecemos hoje, a caixa.  Ela é bastante utilizada em inúmeras manifestações populares nacionais.  E porque caixa de guerra?  O motivo foi justamente fazer a relação pedida nos enunciados da disciplina e revelar que uma coisa inicialmente forjada para funções de guerra, de auxílio nos campos de batalha, se transformou num item diametralmente oposto pelo qual foi criado.  É a caixa que norteia a pulsação rítmica das festas populares, dos desfiles das escolas de samba.  Criada para os cortejos em regiões conflagradas que levava os homens para morte, a caixa na contemporaneidade afasta a miséria e as mazelas através de seus toques, impulsionando corpos em direção ao êxtase e a alegria.  A caixa de guerra faz é festa!

Referências

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Publicado

2023-06-30

Como Citar

da Silva Pereira Junior, I. (2023). Caixa de Guerra faz festa: À luz do multiculturalismo, a trajetória de um dos instrumentos mais utilizados nas manifestações populares no Brasil. Educação Sem Distância - Revista Eletrônica Da Faculdade Unyleya, 1(7). Recuperado de https://educacaosemdistancia.unyleya.edu.br/esd/article/view/159

Edição

Seção

Artigos de pesquisa