MUSEU VIVO DO ASSENTAMENTO SUMARÉ I: uma experiência que tem mantida viva a memória de luta de uma comunidade de assentados do interior paulista

Resumo

O presente artigo tem como objetivo principal analisar o papel que um museu vivo tem desempenhado na preservação da memória de luta de uma comunidade de assentados do MST na cidade interiorana de Sumaré/SP, dentro da perspectiva de uma museologia social. Para tanto nos utilizamos da metodologia qualitativa, em que realizamos pesquisa de campo, com entrevistas não estruturadas. Coletamos o depoimento de sete assentados e de uma professora militante de movimento social que presta um importante auxílio na instrumentalização da comunidade para operacionalização do museu. No estudo, pudemos observar, dentre outras coisas, que o museu vivo é a própria história de luta por um pedaço de terra e um dispositivo de memória para conectar os jovens na luta. O museu vivo, que se defende, não é um espaço fixo, mas o movimento histórico e coletivo de homens e mulheres que se relacionam entre si e com a natureza. É vivo, porque é a própria vida forjada na luta do passado se recriando nas gerações futuras.