FEBRE AMARELA: Principais Aspectos
Palabras clave:
Febre amarela, vacina, áreas endêmicas, epidemiologiaResumen
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda transmitida por vetores artrópodes e causada pelos vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. O vírus é mantido na natureza por transmissão entre primatas não humanos e mosquitos silvestres arbóreos, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes (no Brasil) e Aedes (Stegomyia) na África. A febre amarela possui sua maior incidência nas áreas tropicais dos países da África e da América do Sul atingindo aproximadamente 200.000 pessoas por ano, sendo responsável por um total de 30.000 mortes ao ano nesses continentes. O Brasil tem a maior área endêmica da forma silvestre da doença e a transmissão urbana acontece primordialmente na África. Suas manifestações clínicas permeiam desde disfunção hepática, insuficiência renal, coagulopatia até icterícia, albuminúria, hemorragias e choque, com alta taxa de mortalidade, podendo apresentar-se de modo assintomático, oligosintomático, moderado ou grave. Sendo assim é essencial a implementação de medidas preventivas para que o vírus não se espalhe, incluindo respostas rápidas com campanhas de vacinação de emergência para controlar surtos evitando epidemias e controle do mosquito vetor. Desse modo, este estudo tem como objetivo discutir os principais aspectos relacionados à febre amarela no mundo.
Citas
CAVALCANTE, K.R.L.J.; TAUIL, P.L. Características epidemiológicas da febre amarela no Brasil, 2000-2012. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v.25, n.1, p.11-20, 2016.
CDC - Centers for Disease Control and Prevention. Yellow Fever Vaccine Booster Doses: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices, 2015. MMWR, v.64, p.23, 2015.
CHAMBERS, T.J.; HAHN, C.S.; GALLER, R.; RICE, C.M. Flavivirus genome organization, expression, and replication. Annual Reviews of Microbiology v.44, p.649-488, 1990.
COSTA, Z.G.A. et al. Evolução histórica da vigilância epidemiológica e do controle da febre amarela no Brasil. Rev Pan-Amaz Saúde, v.2 n.1, p.11-26, 2011.
FGV - Fundação Getúlio Vargas. Febre amarela no Brasil [recurso eletrônico]: um estudo de caso / Coordenação Marco Aurélio Ruediger. – Rio de Janeiro: FGV, DAPP, 39 p., 2017.
FRIERSON, J.G. The Yellow Fever Vaccine: A History. Yale Journal of Biology and Medicine, v. 83, n.2, p. 77-85, 2010.
GALLER, R. et al. Phenotypic and molecular analyses of yellow fever 17DD vaccine viruses associated with serious adverse events in Brazil. Virology. v.290, n.2, p.309-319, 2001.
GARDNER, C.L. et al. Yellow fever: a reemerging threat. Clin Lab Med., v.30, n.8, p. 237-260, 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ministério da Saúde atualiza casos de febre amarela. Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde do Brasil. Disponível em:<http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42422-ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-febre-amarela-30-jan>. Acesso em: 15 outubro 2021. MONATH, T. et al. Yellow fever vaccine. In: Plotkin SA, Orenstein WA, Offit PA, editors. Vaccines. 6th ed. Elsevier Saunders Inc; [Chapter 38]., 2013.
MONATH, T.P.; VASCONCELOS, P.F.C. Yellow fever. Journal of Clinical Virology., v.64, p.160-173, 2015.
NORRBY, E. Yellow fever and Max Theiler: the only Nobel Prize for a virus vaccine. The Journal of experimental medicine., v. 204, n.12, p. 2779-2784, 2007.
PAHO. Serious adverse events associated with Yellow Fever 17D Vaccine, Brasil. Meeting Of the Group of Experts on Yellow Fever. Brasilia, mimeo, 2000.
RICE, C.M.; LENCHES, E.M.; EDDY, S.R.; SHIN, S.H.; STRAUSS, J.H. Nucleotide sequence of yellow fever virus: implications for flavivirus gene expression and evolution. Science v.229, p.726-733, 1985.
ROBERTSON et al. Yellow Fever. A decade of reemergence. J Am Med Assoc, v.276, p.1157-1162, 1996.
ROSSETTO, E.V; ANGERAMI, R.N.; LUNA, E.J.A.; What to expect from the 2017 yellow fever outbreak in Brazil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo v.59, n.17, 2017.
SIMÕES, M. et al. Evaluation of accuracy and reliability of the plaque reduction neutralization test (micro-PRNT) in detection of yellow fever virus antibodies. Biologicals v.40, p.399-404, 2012.
TAUIL, P.L. Controvérsias atuais sobre a vacinação de febre amarela no Brasil. Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical n.5, 23 de setembro de 2005.
TAUIL; CAVALCANTE. Risco de reintrodução da febre amarela urbana no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v.26, n.3, p.617-620, 2017.
VASCONCELOS, P.F.C. et al. Clinical and ecoepidemiological situation of human arboviruses in Brazilian Amazonia. Braz J Assoc Advanc Sci; v.44, p.117-124, 2002.
VASCONCELOS, P.F. Febre Amarela. Rev Soc Bras Med Trop. v.36, n.2, p.:275-293, 2003.
VASCONCELOS, R.S.; KOVALESKI, D.F.; TESSER JUNIOR, Z.C. Doenças Negligenciadas: Revisão da Literatura sobre as Intervenções Propostas. In: Saúde & Transformação Social, Florianópolis, v. 6, n.2, 2016.
VITÓRIA, P.L.C.S. Infecção pelo vírus da febre amarela. Monografia realizada no âmbito da unidade Estágio Curricular do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2015.
WALDMAN, E.A.; SATO, A.P.S.; FORTALEZA, C. Doenças Infecciosas no Brasil: das Endemias Rurais às Modernas Pandemias (1980-2010); in book: Velhos e Novos Males da Saúde no Brasil: de Geisel a Dilma, editora: HUCITEC Editora - NUPENS/USP, Editors: Carlos Augusto Monteiro, Renata Bertazzi Levy, 2015.
WANG, E.; WEAVER, S.C.; SHOPE, R.E.; TESH, R.B.; WATTS, D.M.; BARRETT, A.D.T. Genetic variation in yellow fever virus: duplication in the 3’ noncoding region of strains from Africa. Virology v.225, p.274-281, 1996.
WHO - World Health Organization.Yellow Fever. Fact Sheet nº 100, revised december 2001.
WHO - World Health Organization. Vaccines and vaccination against yellow fever. WHO position paper – June 2013. Weekly epidemiological record., v.88, p.269–84, 2013.